Usuário convidado
27 de fevereiro de 2023
Despertar. Abrir cortinas e mar e mar à vista, ali já. A ilhota três graus à direita. Dez passos à esquerda e pequeno-almoço. Tudo-como-deve-ser, regado com simpatia. Passear. Passarada, a habitual. Inabitual a outra fauna. Família de lamas? Aqui cavalos e burros, ali ovelhas e "bambis". Sim, ó-crianças, carícias à vontade. Campo ou praia? Seco ou molhado? Água doce ou salgada? Pic-nic, snack ou almoço? Sesta-sim-ou-não. Descansar, conforto. Virar a poente. O sol engolido lentamente no horizonte azul. Ah! Somos grandes e bons. Sim, mas a vida não é assim. Mas poderia ser. Esquecer guerra, doença, escassez, miséria, fome, crueldade, assassínio? Impossível. A não ser aqui, nesta breve pausa. Valeu a pena, fez bem ao que chamamos alma. E talvez seja merecida, quem sabe? Até sempre. Obrigado.