Santosí

Esta resenha não foi escrita por empresa especializada em dar “upgrade” nos comentários da internet no Booking, Maps, dentre outros, nem por um robô feito para isso. Foi escrita por um ser humano, vítima de tais condutas. O Hotel é um dos piores que estive em minha longa vida de viajante. Enganado pelas falsas avaliações e pelas ótimas fotos produzidas pelo hotel – parabéns – fiz uma reserva e paguei antecipado. Os problemas começam logo na chegada pois você encontrará uma mocinha bonitinha, entediada por ficar horas em fazer nada, fazendo as unhas, comendo, ou refletindo no celular sobre o conteúdo das redes socias. Recolhida a chave do apartamento, o elevador não para no meu andar. Daí o elevador para no andar de acima e você vai carregando sua mala e mochila andar abaixo pela escadaria. Podia ser pior, escadas acima. A mocinha da recepção não pode ajudar, afinal, está postando selfs nas redes sociais. Como em San Luis Posoti a temperatura raramente fica abaixo dos 30 graus, a empresa, inteligentemente, não se deu ao trabalho de instalar aparelhos de ar condicionado nos quartos. Então, todas as vezes que ali se ingressa, a sensação é de estar numa sauna seca. Para compensar, foi colocado um ventilador no quarto, daqueles chineses bem vagabundo, com preço abaixo de 10 dólares. O quarto está em condições de pós guerra, com inúmeras gambiarras mal feitas, pregos enferrujados, torneiras soltas, chuveiro caindo e que no futuro ferirá um hóspede, sofá com manchas sabe-se lá do que, janela que não fecha, cabelos de mulher em todos os lugares (embora isso seja uma praga hoteleira mundial) e um tapete que parece, foi usado por um morador de rua durante meses, antes de ser colocado no centro do quarto. Prometem material de cozinha mas só tem 5 pratos, um micro-ondas com 20 anos de uso e nada mais. Sim, tem uma geladeira em bom estado. Água quente no quarto só depois de ligar na recepção (oi?) e aguardar 10 minutos. Tudo devidamente registrado por fotografias. O pó encontrado sobre os móveis está lá desde a época de Hernan Cortes. Ainda bem que no banheiro tem uma cesta de palha com um pedaço de palha dentro. Muito útil e charmoso. Não posso criticar o café da manhã pois não tive coragem de provar – se o quarto é assim, o que se dirá da cozinha. O pior está por vir. No dia de minha hospedagem, 02 de junho, por volta das 08 p.m. comecei a ouvir música que vinha da recepção em volume além do tolerável. Pensei que havia algum evento do restaurante e aguardei. Às 22 p.m. como nada aconteceu, fui à recepção ver o que ocorria e fiquei horrorizado ao perceber que a som tinha como ouvinte uma única pessoa, a recepcionista entediada. Vejam bem, ela achou-se no direito de ouvir a música que quisesse, no volume que bem entendesse, e o hóspede que se vire. Uma total falta de respeito por quem lhe paga o salário, que em última análise, é quem se hospeda nos hotéis da rede Immense, nome pomposo para hotel que presta serviço de presídio, pelo menos em San Luis Pot